SERVIÇOS / VACINAS Herpes Zoster (1dose)
Herpes-zóster
O que previne:
O herpes zóster e suas complicações, especialmente a neuralgia pós-herpética (NPH).
Do que é feita:
É composta pela glicoproteína E recombinante da superfície do vírus varicela-zóster em
combinação com o adjuvante AS01. Tem como excipientes sacarose, polisorbato 80, fosfato de
sódio monobásico di-hidratado e fosfato de potássio dibásico, e água para injetáveis.
Indicação:
Indivíduos a partir de 50 anos de idade e imunocomprometidos ou pessoas com risco
aumentado para herpes-zóster a partir de 18 anos.
Contraindicação:
Histórico de hipersensibilidade grave a componentes da fórmula ou a dose anterior da vacina.
Esquema de doses:
Duas doses, com intervalo de dois meses.
Local de aplicação:
Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
Algumas precauções devem ser adotadas na vacinação de imunocomprometidos a partir de 18
anos:
• Transplantados de medula óssea: iniciar o esquema de seis a 12 meses após o
transplante;
• Receptores de transplantes de órgãos sólidos: vacinar preferencialmente antes do
transplante, podendo ser adotado o intervalo mínimo de quatro semanas entre as doses.
Se não for possível, aguardar de seis a 12 meses após o transplante, de preferência
após redução na dose de drogas imunossupressoras e na ausência de doença do
enxerto contra hospedeiro (rejeição);
• Pacientes com câncer: vacinar preferencialmente antes do início da quimioterapia,
tratamento com imunossupressores, radioterapia ou esplenectomia. Se inviável, avaliar
melhor momento, quando a imunossupressão mais intensa tiver cessado;
• Pacientes em uso de anticorpos monoclonais (anticélulas B, como rituximab, por
exemplo): iniciar esquema pelo menos quatro semanas antes da próxima dose do
anticorpo;
• Pacientes vivendo com HIV/Aids: pacientes em pior estado imunológico e HIV devem
ser vacinados, ainda que a resposta seja pior. Cabe ao médico avaliar o momento mais
oportuno para a vacinação;
• Pacientes com doenças autoimunes: preferencialmente, administrar a vacina antes
de iniciar imunossupressão mais agressiva.
Observações:
• Não há experiência de uso em gestantes e lactantes, portanto, a vacinação não está
recomendada como rotina para esses grupos. Entretanto, uma vez que a vacina é
inativada, não há risco teórico para a mulher ou seus bebês.
• Estudos demonstraram segurança e ausência de interferência na resposta vacinal na
aplicação simultânea com as vacinas influenza, pneumocócicas e tríplice bacteriana
acelular do tipo adulto (dTpa).
• Pessoas em uso de antivirais como aciclovir, famciclovir ou valaciclovir podem receber
a vacina durante o tratamento.
• Não há recomendação de intervalo específico para vacinação de pessoas que tiveram
episódio agudo de herpes-zóster. A SBIm sugere intervalo de seis meses, mas o período
pode ser encurtado para evitar perda de oportunidade de vacinação.
• A eficácia da vacina inativada é superior à da vacina atenuada. Pessoas que já
receberam a vacina atenuada podem receber a inativada caso desejem aumentar a
proteção, desde que aguardem dois meses após a última dose da atenuada. É
importante ressaltar, no entanto, que o benefício só será alcançado com duas doses da
vacina inativada. A vacinação prévia com a vacina atenuada não deverá ser considerada
como primeira dose do esquema.
Efeitos e eventos adversos:
De acordo com os ensaios pré-licenciamento, os eventos adversos mais frequentes foram dor
no local da injeção (68,1% dos vacinados); mialgia (em 32,9%); fadiga (3,0%); cefaleia (26,3%).
A maioria teve intensidade leve a moderada e melhorou em até dois ou três dias. As reações
relatadas como severas duraram de um a dois dias.
O perfil de segurança em imunocomprometidos a partir de 18 anos foi semelhante ao
observado em adultos a partir de 50 anos sem imunocomprometimento. Os dados de
segurança em adultos entre 18 e 49 anos com risco aumentado para herpes-zóster, mas sem
imunodepressão (diabéticos, por exemplo) ainda são limitados.
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