Dia Nacional da Doação de Órgãos: A importância de ser um doador
A data promove a conscientização ao conhecimento da população sobre a doação de órgãos e a estimulação de novos doadores.
27 de setembro de 2023
O Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro, tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância de ser um doador de órgãos, além de incentivar as pessoas a falarem sobre o assunto com seus familiares e amigos. A data é marcada por diversas campanhas de conscientização, palestras e eventos que promovem o debate sobre o tema. Essas ações contribuem para aumentar o conhecimento da população sobre a doação de órgãos e sobre se tornar um novo doador.
No Brasil, mais de 40 mil pessoas estão na fila de espera por um transplante. E apesar de possuir o maior sistema de transplantes públicos do mundo, ainda somos um país com baixos índices de doadores de órgãos quando comparados a outros países. Dentre os fatores que contribuem para o baixo índice está a falta de informação sobre o processo de doação, mas, principalmente, a recusa da família, que ocorre em quase metade dos casos onde uma doação seria possível.
Segundo o Dr. João Evangelista Bezerra, Oncologista do Emilio Ribas, muitos mitos ainda cercam a doação de órgãos.
Quais os principais mitos que ainda cercam a doação de órgãos e como podemos desmistificá-los?
- Não é preciso deixar nenhum documento expressando a vontade de doar os próprios órgãos. Para doação é necessário apenas o consentimento da sua família, portanto, a vontade deve ser expressa aos seus parentes, para que eles, no momento correto, autorizem a doação;
- Os órgãos são removidos de forma cirúrgica e o corpo é completamente preparado para o sepultamento ou cremação. O doador poderá ser velado normalmente;
- A doação de órgãos é um procedimento gratuito e não gera nenhum custo financeiro adicional para a família.
Quais órgãos e tecidos podem ser doados e como essa ação pode salvar vidas e melhorar a qualidade de vida dos receptores?
A doação pode ser tanto de órgãos completos como de tecidos. Por esse motivo, um único doador é capaz de ajudar diversas pessoas.
- Rim: a doação de rim pode salvar a vida de uma pessoa com insuficiência renal crônica;
- Coração: a doação de coração pode salvar a vida de uma pessoa com insuficiência cardíaca grave;
- Pulmão: a doação de pulmão pode salvar a vida de uma pessoa com insuficiência respiratória grave;
- Pâncreas: a doação de pâncreas pode salvar a vida de uma pessoa com diabetes tipo 1;
- Intestino: a doação de intestino pode salvar a vida de uma pessoa com doença de Crohn ou colite ulcerativa.
Os tecidos que podem ser doados são:
- Córnea: a doação de córnea pode restaurar a visão de uma pessoa com cegueira;
- Ossos: a doação de ossos pode ser usada para reparar fraturas ou para a realização de cirurgias ortopédicas;
- Medula óssea: a doação de medula óssea pode salvar a vida de uma pessoa com leucemia ou outras doenças do sangue;
- Sangue de cordão umbilical: o sangue do cordão umbilical é rico em células-tronco que podem ser usadas para tratar doenças como leucemia, linfoma e anemia falciforme.
Quais são os critérios para ser um doador de órgãos e como as pessoas podem se registrar como doadoras?
Praticamente todas as pessoas sem histórico de doenças graves podem doar órgãos e tecidos. É muito importante saber que qualquer retirada de órgãos somente ocorre após comprovação definitiva de morte cerebral e autorização formal da família.
A doação de órgãos também pode se dar a partir de um doador vivo, sendo necessário cumprir regras específicas e bem restritas. Entretanto, a doação de tecidos, como a medula óssea, é bem simples, bastando ao doador voluntário buscar um hemocentro para um cadastro específico.
Não há a necessidade de deixar registrado sua vontade em nenhum documento, mas é importante que a família saiba sobre o desejo de doar para que possa autorizar a efetivação da doação.
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